Blog da RSM: Técnicas de Terapia Manual
Neurofisiologia do HVLA e LVLA – Mecanismos e Abordagem Passo a Passo
No curso de Massagem Ortopédica para Mobilidade da Coluna e Respiração da RSM International Academy,
a manipulação articular HVLA (Alta Velocidade e Baixa Amplitude) e LVLA (Baixa Velocidade e Baixa Amplitude) é ensinada para redução da dor, melhora postural, recuperação funcional e desempenho esportivo, com ênfase na segurança e reeducação neuromuscular.
Para otimizar o movimento articular, o terapeuta primeiro avalia o desalinhamento causado por tensão muscular, pontos-gatilho e restrição fascial, enquanto palpa durante a massagem e observa a cadeia cinética por meio de alongamentos guiados para identificar disfunções de movimento.
A técnica HVLA nunca é realizada de forma abrupta. O tratamento começa com liberação miofascial superficial e liberação ativa dos tecidos moles, seguidas pela liberação profunda dos tecidos moles ao redor da articulação para reduzir a tensão. Em seguida, a mobilização articular LVLA restaura o movimento fisiológico e promove a centralização da articulação.
Essa sequência estimula os mecanorreceptores capsulares (Tipos I e II), aprimorando o deslizamento neural, a propriocepção articular e a coordenação. A LVLA facilita especificamente o controle postural e a reintegração sensorial. A RSM segue o princípio “Liberação → LVLA → HVLA Mínima”.
- Hironori Ikeda, Mestre em Medicina Esportiva
Especialista em Terapia Manual e Liberação Neuromiofascial
RSM International Academy
Referências
1) Bialosky JE et al. (2009). Manual Therapy, 14(5), 531–538. [PubMed ID 19539559]
2) Pickar JG. (2002). Spine Journal, 2(5), 357–371. [PubMed ID 14589477]
Reed WR et al. (2020). Clinical Biomechanics, 73, 86–92. [PubMed ID 31958668]
3) Sterling M, Jull G. (2001). Manual Therapy, 6(3), 139–148. [PubMed ID 11414774]
Aplicação clínica de HVLA e LVLA – Segurança e evidências
Na RSM International Academy, a segurança e a especificidade para cada paciente são prioridades na escolha entre HVLA e LVLA.
Para pacientes idosos ou com IMC elevado e osteófitos (esporões ósseos), a técnica HVLA pode desprender microfragmentos e irritar os nervos. Por isso, a RSM utiliza um protocolo centrado na liberação miofascial, massagem profunda e mobilização predominantemente LVLA (movimentos de baixa velocidade e baixa amplitude).
A técnica HVLA nunca é aplicada na coluna cervical. Em vez disso, o alinhamento é corrigido por meio de métodos de tecidos profundos, liberação miofascial e tração LVLA assistida por toalha para uma reeducação segura do movimento.
Em sessões conjuntas de manipulação realizadas em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de Chiang Mai, os professores compartilharam exemplos clínicos:
“Quando a técnica HVLA é aplicada em segmentos osteofíticos, pequenos fragmentos ósseos podem migrar e comprimir nervos — difíceis de detectar em ressonância magnética e muito difíceis de remover cirurgicamente.”
Com base nesses achados clínicos, a RSM segue rigorosamente o protocolo passo a passo “Liberação → LVLA → HVLA Mínima”.
Essa abordagem promove naturalmente alívio da dor, recuperação da amplitude de movimento e reeducação neuromuscular,
melhorando a reabilitação pós-cirúrgica e o desempenho atlético com mínimo desconforto após a sessão e resultados duradouros.
- Hironori Ikeda, Mestre em Medicina Esportiva
Especialista em Terapia Manual e Liberação Neuromiofascial
Referências
1) Falvey ÉC, Clark RA, Franklyn-Miller A et al. The Iliotibial Band Syndrome: An Examination of the Evidence Behind a Number of Treatment Options. Br J Sports Med. 2010;44(12):851-857.
2) Paoloni JA, Milne C, Orchard J. Manual Therapy and Soft Tissue Mobilization for Iliotibial Band Syndrome: Clinical Review. J Orthop Sports Phys Ther. 2019;49(8):588-595.
Perspectivas da Terapia Manual na Síndrome da Banda Iliotibial: Aderência Fascial, Restrição de Deslizamento e Disfunção do Coxim Adiposo Patelar
Em muitos casos de síndrome da banda iliotibial (SBIT), a dor não se origina na própria banda iliotibial, mas sim nas aderências e na restrição de deslizamento entre o tensor da fáscia lata (TFL) e a fáscia superficial da face lateral da coxa. Essas aderências geram tensão de cisalhamento ao longo do plano fascial que conecta o vasto lateral ao trato iliotibial, limitando o movimento suave e causando irritação na face lateral do joelho.
O vasto lateral frequentemente apresenta pontos-gatilho latentes e densificação miofascial, especialmente ao redor de sua junção com o trato iliotibial. Essa região também é onde ocorre disfunção de deslizamento entre a fáscia do quadríceps lateral e a banda iliotibial. A palpação geralmente revela um espessamento ou sensibilidade em forma de corda sob a fáscia superficial.
Outro fator comum é a fibrose da almofada adiposa patelar ou o desequilíbrio de alinhamento causado pela assimetria de força do quadríceps — especialmente a dominância do reto femoral sobre o vasto medial. Esses desequilíbrios deslocam o alinhamento patelar lateralmente e aumentam a tensão da banda iliotibial próxima ao tubérculo de Gerdy. Em casos crônicos, podem ser palpadas aderências fasciais ao redor da almofada adiposa e fibrose do retináculo profundo.
Na RSM International Academy, a terapia manual para a síndrome da banda iliotibial enfatiza:
- Liberação das aderências do tensor da fáscia lata e do vasto lateral por meio de técnicas de deslizamento miofascial
- Avaliação de pontos-gatilho e fibrose fascial na porção externa do quadríceps
- Mobilização da almofada adiposa patelar para restaurar a elasticidade do tecido local
- Avaliação da fáscia do tubérculo de Gerdy e das estruturas circundantes quanto a restrições
- Reeducação do equilíbrio muscular entre o reto femoral e o vasto medial
Essa abordagem integra a precisão da palpação com a avaliação da cadeia cinética para identificar se a disfunção decorre de aderência fascial, desalinhamento patelar ou transferência proximal de carga.
Aprendemos a identificar as verdadeiras causas da dor relacionada à síndrome da banda iliotibial por meio dos cursos Massagem Profunda e Massagem Terapêutica. Essas habilidades não apenas aliviam a dor, mas também melhoram o desempenho e desempenham um papel fundamental na reabilitação.
- Hironori Ikeda, Mestre em Medicina Esportiva
Especialista em Terapia Manual e Liberação Neuromiofascial
Referências
1) Falvey ÉC, Clark RA, Franklyn-Miller A et al. A síndrome da banda iliotibial: uma análise das evidências que sustentam diversas opções de tratamento. Br J Sports Med. 2010;44(12):851-857.
2) Paoloni JA, Milne C, Orchard J. Terapia manual e mobilização de tecidos moles para a síndrome da banda iliotibial: revisão clínica. J Orthop Sports Phys Ther. 2019;49(8):588-595.

